Além de serem elegantes no exterior, muito barcos a vapor fluviais também eram muito luxuosos e elegantes no interior. Este modelo não pretende ser uma réplica de um barco específico, pelo que a Marina e a equipa se inspiraram em barcos de todo o mundo e misturaram pormenores do século XIX com elementos contemporâneos para o interior.
«No topo, encontra-se a cabine de pilotagem, de onde se pode conduzir o barco», diz Marina. «No andar seguinte, normalmente chamado de convés, há uma cabine da tripulação e uma casa de banho com chuveiro. O convés principal tem um restaurante de luxo e um palco, onde os visitantes do barco podem desfrutar de uma noite divertida enquanto viajam. Depois, o convés das maquinas alberga a cozinha do restaurante».
Durante o processo de design, a Marina e a equipa tiveram uma ideia para um espaço que todos os que sabem tudo sobre a história da engenharia vão adorar.
«Durante a pesquisa para o modelo, decidimos acrescentar um museu de motores a vapor, para mostrar a história dos motores ao longo dos séculos. O museu também alberga o motor a vapor do barco, que está ligado ao remo da popa, o elemento mais emblemático dos barcos a vapor. É possível admirar a mecânica em funcionamento, enquanto se empurra o barco».
Outra ideia que apareceu durante este processo foi a de incluir uma direção funcional.
«Queríamos que este set tivesse o máximo de funções realistas possível e a direção era uma delas», diz ela. «Isto foi um desafio, porque a mecânica tinha que atravessar vários pisos. A começar pela cabine de pilotagem, bem no topo, o volante está ligado a uma série de eixos transversais que passam verticalmente por todos os pisos e depois, horizontalmente através do casco, chegam ao leme na popa do barco. Os eixos verticais dividem-se em partes separadas que podem ser facilmente removidas quando se levanta o chão dos pisos. Isto foi possível graças a um novo elemento de ligação que utilizámos, que só faz fricção de um lado.»